Separador de dente: veja se ainda é usado ao colocar aparelho
Quem já usou aparelho ortodôntico fixo sabe que estar com ele a todo momento do dia gera desconfortos, incômodos e algumas dores. Mas há outra situação ligada a isso que também costuma evocar lembranças assim: o uso do separador de dente.
Aqueles que nunca passaram por esse tratamento podem não conhecer esse item e nem o processo em que é adotado. No entanto, o que realmente surpreenderá a muitos é que esse mecanismo ainda está sendo aplicado antes de colocar as bandas ortodônticas, mesmo que a odontologia tenha evoluído.
Este conteúdo vai explicar o que está por trás de sua utilização. Confira!
Afinal, o que é e qual função um separador de dente tem?
Separador de dente é um elástico ortodôntico de borracha, moldado em forma de um pequeno anel. Trata-se de um mecanismo para ser colocado entre os dentes com o objetivo de aumentar a distância de um para outro na arcada.
Sua utilização é um procedimento indicado para tratamentos odontológicos que demandam afastar a dentição. Geralmente é aplicado como uma etapa da preparação para a colocação do aparelho dental fixo.
Como e porque é colocado antes do aparelho fixo?
O bom funcionamento desse afastador começa pela formatação do mecanismo. Ele é atravessado por 2 pedaços de fio dental que passam pelo orifício central do anel de borracha formando alças cujo objetivo é segurá-lo pelos lados.
Para ser colocado, o profissional de saúde bucal pega essas alças, tencionando o elástico ao puxá-las por laterais opostas, e o posiciona sobre o espaço entre os dentes que quer afastar, abaixando-o enquanto exerce pressão até encaixá-lo.
Geralmente, são postos na dentição que fica no fundo da boca por um período de 3 a 8 dias antes da instalação do aparelho ortodôntico fixo. Seu uso permite que as bandas ortodônticas sejam cimentadas e fixem o fio metálico que passa pelos bráquetes.
Como age no período em que fica na boca?
Os efeitos do separador de dente só são possíveis porque a estrutura dos tecidos que formam a boca, incluindo ligamentos e ossos que se unem aos dentes, contam com certa mobilidade. Basicamente, a dentição não fica totalmente fixa ao ponto em que está encaixada, contando com uma pequena margem para se movimentar.
Desse modo, consegue se adequar a mudanças naturais da fisiologia da boca ao longo da vida ou ser reposicionada mediante processos feitos em consultório. Tal possibilidade não gera riscos à saúde quando os dentistas lançam mão dela em seus procedimentos.
Entretanto, a maioria dos pacientes tende a sentir um desconforto durante sua realização. Via de regra, trata-se apenas de uma sensação irritante que por alguns é descrita como uma grande vontade de passar fio dental. Afinal, esse incômodo é semelhante à percepção de que alimentos estão entre os dentes.
Em outros casos, a pressão aplicada pode ser dolorosa. Isso acontece devido ao elástico ficar diretamente sobre a gengiva, enquanto age impulsionando a movimentação desses tecidos flexíveis.
Além disso, há o risco de sensibilidade prolongada e sangramento. Ainda mais que as atividades cotidianas de alimentação e escovação seguem normais, aumentando esse quadro desconfortável.
Quais cuidados tomar para aliviar a dor nesse momento?
Quando o incômodo de usar o separador de dente se torna doloroso, cabem algumas ações. Veja quais a seguir!
Buscar junto ao dentista pela prescrição de analgésicos
Na presença de dor em tratamentos odontológicos, a prescrição de analgésicos é parte das funções do dentista. Esse contato com o profissional de saúde bucal, além de evitar os riscos associados à automedicação, permite que ele avalie se não há nada fora do comum ocorrendo, principalmente se sangramentos ou lesões aparecerem.
Optar por uma alimentação pastosa ou líquida e fria
Nos dias em que o separador de dente estiver sendo usado, é preciso evitar alimentos duros ou grudentos e hábitos capazes de aplicar a pressão na gengiva ou mover os elásticos de lugar. No entanto, se houver dor, a mastigação deve ser ainda mais facilitada. Para isso, comidas pastosas ou líquidas e frias são indicadas.
Desenvolver uma escovação cuidadosa
O processo de higiene bucal é capaz de movimentar as borrachinhas se não for feito com cuidado. Isso ainda pode gerar lesões e atrasar o tratamento. Outra consequência é a pressão da escovação ampliar a dor ou provocar sangramentos.
Optar por uma escova de cerdas macias e aplicar movimentos lentos são precauções tão simples quanto eficazes diante disso. O uso de bitufos, interdentais e irrigadores que tenham alta pressurização onde os elásticos estão posicionados também não é recomendado para não movê-los.
O que evitar durante o uso do separador de dente?
Os hábitos do paciente são decisivos durante o período em que um separador de dente está na boca. Evitar certos alimentos e não ficar mastigando objetos — lápis ou canetas, por exemplo — ou as unhas, são algumas medidas que previnem o excesso de pressão nos elásticos.
Ainda, é preciso dominar a vontade de removê-los diante do impulso de usar fio dental que a sensação causada lembra. Esse item não pode ser utilizado nas áreas em que os dentes estão sendo separados, só nas demais regiões. Isso também vale para escovas bitufo e interdentais ou irrigadores de água sob pressão que podem mover as borrachinhas.
Aliás, não se deve mexer nos afastadores, mesmo que pareçam estar mal posicionados ou que com um ajuste o incômodo passará. Nesse caso, o ideal é procurar o dentista para garantir se tudo está no lugar certo.
Por outro lado, quem não sentir um grande desconforto não deve pensar que está tudo bem faltar à consulta para removê-los. Os efeitos colaterais de atrasar essa atividade incluem danos aos ligamentos responsáveis pela conexão entre dentes e arcada, chegando a inviabilizar a continuidade do procedimento.
Por fim, não deixe de seguir as orientações do dentista. Como profissional de saúde bucal responsável pelo tratamento, ele sabe quais são as suas necessidades e quais são os riscos envolvidos.
O separador de dente é um mecanismo bastante simples e comumente usado na prática odontológica. No entanto, para muitos pacientes causa desconforto e dor. De qualquer forma, como ainda é aplicado ao colocar aparelho, essas dificuldades demandam ações preventivas de cuidado.
Você já conhecia o elástico afastador ou ficou surpreso que continua sendo utilizado hoje em dia? Comente e conte!
Fundador e presidente da Odonto Company
Cirurgião Dentista pela Universidade do Oeste Paulista (1986 a 1990).
Minha mãe dizia se lembrar de mim, aos 15 anos, afirmando que queria ser dentista.
Eu nunca pensei em outra carreira. Mas a vida muda a todo momento, não é? Meu propósito, desde cedo, esteve claro para mim: garantir o acesso de toda a população a tratamentos odontológicos de qualidade.
Nos anos 1980, os tratamentos odontológicos eram impensáveis para a maior parte do Brasil. Isso me levou a criar, por exemplo, o sistema de instalação de aparelhos ortodônticos, sem custos de compra. Esse sistema, onde só se paga pela manutenção do aparelho, hoje é reconhecido e utilizado mundialmente.
A Odonto Company começou em 1992, com 2 pequenos consultórios, e após 1 ano e meio, já tínhamos 12 lojas.
Em 2010, nos tornamos o primeiro franchising de odontologia do país e hoje somos a 2ª maior franchising do ramo no mundo inteiro, além de termos conquistado o posto de única franquia com menos de 20 anos a conseguir uma boa colocação no ranking das maiores franquias brasileiras!
E, como a vida muda o tempo todo, essa trajetória e as 802 unidades que temos abertas hoje, mudaram meu propósito:
“Não quero apenas continuar possibilitando acesso. Quero fazer o maior número de milionários através das nossas franquias.”