O que é leucoplasia e como pode ser tratada?
Você sabe o que é ou já ouviu falar sobre isso? Trata-se de uma condição caracterizada pelo surgimento de manchas esbranquiçadas e espessas na região das bochechas, língua, especialmente em sua borda lateral ou gengiva.
Essa lesão é a mais comum quando se trata de lesões potencialmente malignas. Por esse motivo, entender as causas associadas a ela, bem como seus sintomas, tem grande importância para que seu diagnóstico seja feito precocemente, o que evitará complicações.
Quer entender melhor o que é leucoplasia e conhecer aspectos relevantes dessa condição? Então, continue a leitura deste post!
O que causa a leucoplasia?
Ainda não existe uma causa evidente. No entanto, alguns fatores de risco são apontados. Veja os principais, a seguir!
Uso de tabaco
Percebe-se uma alta incidência de leucoplasia entre pessoas que fumam ou mascam tabaco. Esse componente provoca irritação da mucosa, o que leva ao seu espessamento.
Lesões acidentais
Traumas na boca, ocasionados por quedas, por exemplo, também geram irritação da mucosa e aumentam as chances de desenvolvimento dessa lesão.
Próteses mal adaptadas
Geralmente, próteses mal adaptadas geram trauma constante na mucosa, o que provoca a irritação dos tecidos orais. Assim, essas peças podem favorecer o surgimento da lesão nas regiões que sofrem traumatismo.
Quais os sintomas?
A leucoplasia é uma condição silenciosa, ou seja, não provoca dor ou desconforto. Entretanto, leva à formação de placas escamosas, esbranquiçadas ou acinzentadas e elevadas, que não saem com o atrito.
Esses sinais decorrem do crescimento celular e podem aparecer em diferentes áreas, como lábios, gengiva, língua, palato (céu da boca) etc. Em estágio inicial, a lesão se apresenta um pouco mais translúcida, fissurada ou enrugada.
Conforme progride, fica mais espessa, e as fissuras podem se aprofundar e se tornar mais numerosas.
Como a leucoplasia pode ser identificada?
Embora a leucoplasia apresente algumas características particulares, somente um cirurgião-dentista pode confirmar o diagnóstico. Isso porque essa lesão pode ser confundida com outras que são semelhantes, como o líquen plano.
Para diagnosticar corretamente, além do exame clínico, que avalia a aparência das lesões, pode-se realizar a biópsia. Por meio desse exame complementar, é possível examinar os aspectos da lesão de maneira mais detalhada, com o uso de um microscópio.
Vale ressaltar que a identificação precoce faz toda a diferença na prevenção do seu agravamento e no reconhecimento de células cancerígenas.
Qual o tratamento?
O tratamento consiste na remoção cirúrgica da lesão. Esse procedimento pode ser realizado por meio de cirurgia convencional, laser de alta potência ou eletrocauterização, por exemplo. Quando em estágio inicial, a lesão pode regredir de maneira natural.
A leucoplasia apresenta alta taxa de recidiva. Desse modo, pacientes que já fizeram a remoção desse tipo de lesão precisam ser acompanhados periodicamente.
Como prevenir?
A prevenção exige o controle dos fatores de risco já mencionados acima. Confira, abaixo, algumas dicas para colocar em prática se você deseja evitá-la!
Evitar o fumo
O cigarro é responsável por desencadear diversos problemas de saúde, não só a leucoplasia. Dessa forma, o ideal é evitar ao máximo o hábito de fumar para garantir bem-estar e evitar as consequências futuras do fumo.
Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas
O consumo exagerado de álcool aumenta o risco de leucoplasia. Por isso, recomenda-se a ingestão moderada de bebidas alcoólicas.
Cuidar da saúde bucal
Os cuidados diários com a saúde bucal também devem fazer parte da prevenção das lesões. Assim, busque ajuda odontológica caso tenha restaurações insatisfatórias, cáries, dentes fraturados e outros problemas de saúde bucal.
Se você for usuário de prótese, é muito importante que ela esteja bem-adaptada e que seja trocada, se já tem bastante tempo de uso.
Realizar o autoexame bucal
O autoexame bucal é uma medida simples e efetiva, que ajuda na identificação de alterações bucais e na prevenção do câncer de boca. Ele deve ser realizado por qualquer pessoa, especialmente aquelas que já têm mais de 40 anos, fumantes e que consomem bebidas alcoólicas frequentemente.
Essa técnica serve para inspecionar de forma visual e por meio da palpação determinadas áreas da boca em que podem aparecer lesões — tanto benignas quanto malignas. Para auxiliar na memorização das estruturas bucais que devem ser avaliadas, criou-se a sigla BLLAP, que significa bochecha, lábios, língua, assoalho bucal e palato.
Durante o autoexame, você deve estar atento a algumas anormalidades. Veja:
- alterações de coloração na mucosa (áreas avermelhadas ou esbranquiçadas, por exemplo);
- regiões com irritação, debaixo de próteses;
- feridas que demoram a cicatrizar (presentes há mais de uma semana);
- dentes fraturados e/ou moles;
- nódulos ou endurecimento da região.
Como realizar o autoexame bucal?
Abaixo, você encontrará um passo a passo para realizar o autoexame bucal de forma adequada. Ele deve ser feito de frente para um espelho e com uma boa iluminação. Esse é um método que auxilia no diagnóstico e na prevenção de lesões, mas não substitui a opinião de um especialista. Acompanhe:
- inicie pelos lábios, examinando se há mudanças de cor. Apalpe para buscar áreas endurecidas e vire tanto o lábio superior quanto o inferior, observando a parte interna;
- examine ambos os lados das bochechas, com atenção, verificando se existem feridas ou saliências na região interna;
- apalpe a superfície da língua, coloque-a para o lado direito, passando os dedos. Em seguida, faça o mesmo do lado esquerdo e, depois, examine embaixo dela, deixando-a para cima;
- observe o céu da boca, analisando se há pigmentações. Aqui, um espelho pequeno pode auxiliar na visualização. Diga “A” para examinar também sua garganta;
- complemente o exame avaliando o seu pescoço. Apalpe a região abaixo da mandíbula para verificar se existem caroços.
Agora que você já descobriu o que é leucoplasia e suas causas, sabe que a adoção de bons hábitos de vida é essencial para evitar o surgimento dessa e de outras lesões orais. Isso inclui fazer visitas regulares ao dentista. Portanto, não deixe de consultar um profissional de sua confiança, pelo menos uma vez por ano.
E aí, gostou deste post? Então, assine a nossa newsletter e receba conteúdos exclusivos sobre saúde bucal diretamente na sua caixa de entrada!
Fundador e presidente da Odonto Company
Cirurgião Dentista pela Universidade do Oeste Paulista (1986 a 1990).
Minha mãe dizia se lembrar de mim, aos 15 anos, afirmando que queria ser dentista.
Eu nunca pensei em outra carreira. Mas a vida muda a todo momento, não é? Meu propósito, desde cedo, esteve claro para mim: garantir o acesso de toda a população a tratamentos odontológicos de qualidade.
Nos anos 1980, os tratamentos odontológicos eram impensáveis para a maior parte do Brasil. Isso me levou a criar, por exemplo, o sistema de instalação de aparelhos ortodônticos, sem custos de compra. Esse sistema, onde só se paga pela manutenção do aparelho, hoje é reconhecido e utilizado mundialmente.
A Odonto Company começou em 1992, com 2 pequenos consultórios, e após 1 ano e meio, já tínhamos 12 lojas.
Em 2010, nos tornamos o primeiro franchising de odontologia do país e hoje somos a 2ª maior franchising do ramo no mundo inteiro, além de termos conquistado o posto de única franquia com menos de 20 anos a conseguir uma boa colocação no ranking das maiores franquias brasileiras!
E, como a vida muda o tempo todo, essa trajetória e as 802 unidades que temos abertas hoje, mudaram meu propósito:
“Não quero apenas continuar possibilitando acesso. Quero fazer o maior número de milionários através das nossas franquias.”