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O que é leucoplasia e como pode ser tratada?

Tempo de leitura 6 min

Você sabe o que é ou já ouviu falar sobre isso? Trata-se de uma condição caracterizada pelo surgimento de manchas esbranquiçadas e espessas na região das bochechas, língua, especialmente em sua borda lateral ou gengiva.

Essa lesão é a mais comum quando se trata de lesões potencialmente malignas. Por esse motivo, entender as causas associadas a ela, bem como seus sintomas, tem grande importância para que seu diagnóstico seja feito precocemente, o que evitará complicações.

Quer entender melhor o que é leucoplasia e conhecer aspectos relevantes dessa condição? Então, continue a leitura deste post!

O que causa a leucoplasia?

Ainda não existe uma causa evidente. No entanto, alguns fatores de risco são apontados. Veja os principais, a seguir!

Uso de tabaco

Percebe-se uma alta incidência de leucoplasia entre pessoas que fumam ou mascam tabaco. Esse componente provoca irritação da mucosa, o que leva ao seu espessamento.

Lesões acidentais

Traumas na boca, ocasionados por quedas, por exemplo, também geram irritação da mucosa e aumentam as chances de desenvolvimento dessa lesão.

Próteses mal adaptadas

Geralmente, próteses mal adaptadas geram trauma constante na mucosa, o que provoca a irritação dos tecidos orais. Assim, essas peças podem favorecer o surgimento da lesão nas regiões que sofrem traumatismo.

Quais os sintomas?

A leucoplasia é uma condição silenciosa, ou seja, não provoca dor ou desconforto. Entretanto, leva à formação de placas escamosas, esbranquiçadas ou acinzentadas e elevadas, que não saem com o atrito.

Esses sinais decorrem do crescimento celular e podem aparecer em diferentes áreas, como lábios, gengiva, língua, palato (céu da boca) etc. Em estágio inicial, a lesão se apresenta um pouco mais translúcida, fissurada ou enrugada.

Conforme progride, fica mais espessa, e as fissuras podem se aprofundar e se tornar mais numerosas.

Como a leucoplasia pode ser identificada?

Embora a leucoplasia apresente algumas características particulares, somente um cirurgião-dentista pode confirmar o diagnóstico. Isso porque essa lesão pode ser confundida com outras que são semelhantes, como o líquen plano.

Para diagnosticar corretamente, além do exame clínico, que avalia a aparência das lesões, pode-se realizar a biópsia. Por meio desse exame complementar, é possível examinar os aspectos da lesão de maneira mais detalhada, com o uso de um microscópio.

Vale ressaltar que a identificação precoce faz toda a diferença na prevenção do seu agravamento e no reconhecimento de células cancerígenas.

Qual o tratamento?

O tratamento consiste na remoção cirúrgica da lesão. Esse procedimento pode ser realizado por meio de cirurgia convencional, laser de alta potência ou eletrocauterização, por exemplo. Quando em estágio inicial, a lesão pode regredir de maneira natural.

A leucoplasia apresenta alta taxa de recidiva. Desse modo, pacientes que já fizeram a remoção desse tipo de lesão precisam ser acompanhados periodicamente.

Como prevenir?

A prevenção exige o controle dos fatores de risco já mencionados acima. Confira, abaixo, algumas dicas para colocar em prática se você deseja evitá-la!

Evitar o fumo

O cigarro é responsável por desencadear diversos problemas de saúde, não só a leucoplasia. Dessa forma, o ideal é evitar ao máximo o hábito de fumar para garantir bem-estar e evitar as consequências futuras do fumo.

Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas

O consumo exagerado de álcool aumenta o risco de leucoplasia. Por isso, recomenda-se a ingestão moderada de bebidas alcoólicas.

Cuidar da saúde bucal

Os cuidados diários com a saúde bucal também devem fazer parte da prevenção das lesões. Assim, busque ajuda odontológica caso tenha restaurações insatisfatórias, cáries, dentes fraturados e outros problemas de saúde bucal.

Se você for usuário de prótese, é muito importante que ela esteja bem-adaptada e que seja trocada, se já tem bastante tempo de uso.

Realizar o autoexame bucal

O autoexame bucal é uma medida simples e efetiva, que ajuda na identificação de alterações bucais e na prevenção do câncer de boca. Ele deve ser realizado por qualquer pessoa, especialmente aquelas que já têm mais de 40 anos, fumantes e que consomem bebidas alcoólicas frequentemente.

Essa técnica serve para inspecionar de forma visual e por meio da palpação determinadas áreas da boca em que podem aparecer lesões — tanto benignas quanto malignas. Para auxiliar na memorização das estruturas bucais que devem ser avaliadas, criou-se a sigla BLLAP, que significa bochecha, lábios, língua, assoalho bucal e palato.

Durante o autoexame, você deve estar atento a algumas anormalidades. Veja:

  • alterações de coloração na mucosa (áreas avermelhadas ou esbranquiçadas, por exemplo);
  • regiões com irritação, debaixo de próteses;
  • feridas que demoram a cicatrizar (presentes há mais de uma semana);
  • dentes fraturados e/ou moles;
  • nódulos ou endurecimento da região.

Como realizar o autoexame bucal?

Abaixo, você encontrará um passo a passo para realizar o autoexame bucal de forma adequada. Ele deve ser feito de frente para um espelho e com uma boa iluminação. Esse é um método que auxilia no diagnóstico e na prevenção de lesões, mas não substitui a opinião de um especialista. Acompanhe:

  1. inicie pelos lábios, examinando se há mudanças de cor. Apalpe para buscar áreas endurecidas e vire tanto o lábio superior quanto o inferior, observando a parte interna;
  2. examine ambos os lados das bochechas, com atenção, verificando se existem feridas ou saliências na região interna;
  3. apalpe a superfície da língua, coloque-a para o lado direito, passando os dedos. Em seguida, faça o mesmo do lado esquerdo e, depois, examine embaixo dela, deixando-a para cima;
  4. observe o céu da boca, analisando se há pigmentações. Aqui, um espelho pequeno pode auxiliar na visualização. Diga “A” para examinar também sua garganta;
  5. complemente o exame avaliando o seu pescoço. Apalpe a região abaixo da mandíbula para verificar se existem caroços.

Agora que você já descobriu o que é leucoplasia e suas causas, sabe que a adoção de bons hábitos de vida é essencial para evitar o surgimento dessa e de outras lesões orais. Isso inclui fazer visitas regulares ao dentista. Portanto, não deixe de consultar um profissional de sua confiança, pelo menos uma vez por ano.

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