Bruxismo: causas, tratamento e como as placas ajudam a proteger seus dentes 

Entenda o que leva ao bruxismo, se ele tem cura e como escolher a placa ideal para ação preventiva e corretiva 

O bruxismo, distúrbio caracterizado pelo hábito involuntário de apertar ou ranger os dentes, pode ocorrer tanto durante o sono (bruxismo do sono) quanto em vigília (quando se está acordado). O reconhecimento precoce e o tratamento apropriado são essenciais para evitar desgaste dentário, dores na musculatura mastigatória, articulações e outras complicações. 

O processo requer atenção e tratamento caso apareça — não apenas para aliviar sintomas, mas para evitar consequências de longo prazo. Embora não se possa garantir a “cura” em todos os casos, com diagnóstico correto, mudança de hábitos, controle de estresse e uso adequado de placas oclusais, é possível controlar o problema, proteger a dentição e recuperar o bem-estar. A escolha adequada do tipo de placa, bem como o acompanhamento odontológico contínuo, são peças-chave para um resultado satisfatório. 

“Muitos pacientes só descobrem que têm bruxismo quando já apresentam dores ou desgaste nos dentes. O uso da placa, aliado a mudanças de hábito e controle do estresse, pode trazer uma melhora significativa na qualidade do sono e na saúde bucal”, afirma Dr. Paulo Zahr, sócio-fundador da OdontoCompany. 

As principais causas associadas ao bruxismo envolvem múltiplos fatores, muitas vezes interligados, como por exemplo: 

  • estresse e ansiedade: situações de tensão emocional, pressão no trabalho, preocupações constantes favorecem a manifestação do hábito de apertar ou ranger os dentes; 
  • hábitos parafuncionais: como mastigar objetos, morder lábios ou bochechas, ranger os dentes durante o dia — estes podem predispor à atividade excessiva da musculatura mastigatória; 
  • má-oclusão e alterações dentárias ou articulares: desalinhamentos dentários, discrepâncias na mordida, problemas na articulação temporomandibular (ATM) podem funcionar como desencadeantes ou agravantes do bruxismo; 
  • sono de má qualidade ou apneia do sono: pacientes com distúrbios do sono podem apresentar maior propensão ao bruxismo durante a noite; 
  • fatores genéticos ou biológicos: alguns estudos apontam para predisposição familiar ou fatores neurofisiológicos que tornam certas pessoas mais vulneráveis ao bruxismo; 
  • uso de substâncias ou medicamentos: Em alguns casos, o uso de álcool, cigarros ou determinados medicamentos pode influenciar o aparecimento ou agravamento do bruxismo. 

Esses fatores podem atuar isoladamente ou em conjunto. Portanto, identificar quais condições estão presentes no paciente é essencial para traçar um plano de tratamento eficaz. 

Bruxismo tem cura? 
Embora seja possível controlar o bruxismo e reduzir significativamente seus efeitos adversos, a “cura” no sentido de eliminar totalmente o hábito ou a predisposição nem sempre seja viável, especialmente se persistirem os fatores desencadeantes (como estresse, má-oclusão ou sono alterado). O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar: odontológica, psicológica e de hábitos de vida. 

Com o acompanhamento adequado, pode-se alcançar: redução do ranger ou apertar dos dentes; alívio de dores associadas (musculatura da mastigação, ATM, cabeça, pescoço); proteção dos dentes contra desgaste e fraturas; e melhora da qualidade do sono e bem-estar geral. 

Mas é importante destacar que manter mudanças de hábito, controle de estresse e acompanhamento odontológico são condições para resultados duradouros. 

O tratamento, na maioria dos casos, é realizado com o auxílio das placas interoclusais (ou miorrelaxantes) que são placas rígidas ou flexíveis, que encaixam nos dentes e evitam o contato direto entre eles. Na prática, impedem o contato entre os dentes superiores e inferiores, além de alterar o padrão muscular anômalo envolvido neste tipo de situação (apartamento ou ranger). 

Benefícios gerais das placas no bruxismo 

  • Protege o esmalte dentário e a dentina de atrito e fraturas. 
  • Diminui o estresse funcional na musculatura de mastigação, melhorando o conforto ao acordar. 
  • Reduz as cargas excessivas na ATM, contribuindo para prevenção ou alívio de dor articular. 
  • Facilita o diagnóstico e a monitorização da evolução do bruxismo — por exemplo, se os sintomas persistem mesmo com placa, isso pode indicar que outro fator desencadeante precisa ser tratado. 
  • Proporciona uma melhora da qualidade de vida do paciente, com sono mais tranquilo e menos reflexos no dia seguinte (cansaço, dores de cabeça, mandíbula intrigada). 

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